segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Neve no Gerês

Já passou algum tempo, mas como o tempo muito tempo tem não é fora de tempo escrever agora.

Dia catorze deste mês de Dezembro como dizem os humanos estava um dia cinzento,frio e feio...mas feio porquê...pelo cinzento, pelo frio...ou por ambos...

Senti um forte desejo/chamamento da montanha e não resisti eu e minha Paixão apanhamos abrigos e agasalhos sentamos-nos na vagonete e partimos já a manhã estava adiantada...no estômago levava-mos o pequeno almoço.
Faltavam poucos Km para chegar á Cidade de Braga. Liguei para meu amigo Jorge Cálix no sentido de o desencaminhar na ida para a montanha...não tinha almoçado...esperava família para almoço...mas já começava a perguntar onde eu estava se ia voltar mesmo dia...e já dizia que se calhar comia uma sande e ia também até lá acima...sentia eu já a sua família a mandar-me algumas pragas por o tirar de casa a um Domingo...e acabei por continuar viagem só com minha Paixão.

Na estrada que liga Braga a Chaves já se viam as montanhas com muita neve e alguns carros em sentido contrário com aqueles blocos de neve postos á mão em cima com os seus ocupantes todos contentes e sorridentes a verem quem olhava para eles.

Paramos na Vila do Gerês Para tomar café.

O frio aqui era o rei e a chuva estava a nascer...

Começamos a subida para a Portela de Leonte e depois do parque de merendas começamos a apanhar em alguns pontos da estrada, neve...cem a duzentos metros á nossa frente seguia um carro e atrás da nossa vagoneta colados uns seis sete carros. O carro que seguia á minha frente ao cruzar com o jipe da GNR parou e ai ficaram uns bons cinco minutos a falar de janela a janela. O jipe da GNR avança e pára ao meu lado, perguntando-me o guarda se eu não tinha visto o sinal de trânsito proibido...francamente não vi nada enquanto subia...e foi o que lhe respondi...não, nada vi.

Então com aquele ar simpático que os caracteriza comentou "pois se fosse um carro ia contra ele, não via" questionei "desculpe não ouvi" ... e o capitão que ia no lugar do pendura ordenou "houve lá diz-me a matricula desse" naquele ar importante de quem tem muito poder e até passa multas...engrenei a segunda e arranquei comentando com minha paixão se teriam papel que chegasse porque já estava uma fila de carros daquelas e era hora de almoço.

Chegamos a Portela de Leonte, estavam dois carros, estacionei a vagoneta bem estacionada fora da estrada de modo a que não causasse transtorno ao trânsito que eu imaginava estaria depois de almoço.

Um ponto dois graus centígrados positivos. Estava tudo branco. Um sonho. Tinha como objectivo subir ao Prado do Mourô. Objectivo falhado. Muita neve. A progressão nada fácil, havia imensa neve e estávamos só duas pessoas não arrisquei...tive imensa pena, porque há neve que estava em Leonte, no Prado nada deveria ter outra cor que não a alvura branca da neve acabada de cair.

Objectivo não cumprido, mas estava na montanha e havia que aproveitar o momento, e isso foi o que fizemos e muito bem.

Caminhamos por onde podemos sorvemos com sofreguidão toda a tanta beleza pura que o Gerês nos dá sempre que lá vamos...quando voltamos para o local onde deixamos a vagoneta...era aquela confusão...com viaturas paradas de qualquer jeito até a par...filas de carros... porque não conseguiam passar...ficamos a ver aquela confusão até porque não conseguia mexer na vagoneta, qual o meu espanto ao ver na fila sem poder andar o tal jipe da GNR...melhor o Capitão saiu do Jipe e foi a pé e em frente da casa de Leonte saca o seu apito preto, (para que não hajam confusões) e lá começou a apitar e a gesticular com os braços, o que não era para menos com a temperatura a zero ponto cinco positivos.

Conseguimos sair na direcção da Portela do Homem, paramos a aguardar que a confusão em Leonte passa-se.

Já eram dezoito horas quando arrancamos para Leonte e começou a nevar e cada vez mais ou ponto de o para-brisas ficar cheio de neve menos no sítio onde as escovas passavam.

A GNR já não estava...estava frio muito vento e nevava muito...

...curioso...nem almoçamos...mas estivemos na montanha.

Enquanto descia-mos tentava-mos olhar para a montanha mais uma vez...mas era noite...não a via-mos mas sabíamos que estava lá a acenar com toda a sua beleza e grandiosidade...



...parto...mas parto...sem dor.








...a conversa de janela a janela...





























...a todos abraço montanheiro...vemo-nos ai por esses caminhos...










































































quarta-feira, 5 de novembro de 2008

...fora de horas…



Pois é mesmo fora de horas que é colocado este novo artigo.
O blog foi criado depois de se ter efectuado:
1 – A caminhada/trapalhada
2 – A caminhada/meio desorientada

1 – A primeira foi organizada pelo clube UPB. Quero aqui agradecer em nome de alguns participantes nos terem permitido juntar nesta caminhada/trapalhada/correria ao Prado do Mouro…comentários para esta caminhada, não fazemos…ficam as fotos…Obrigado UPB…














































...após este trajecto o retemperar das forças em cerdeira...o jantar...sardinhada...e a caminhada no dia seguinte a DUO....linda...valeu!










































2 – Saída da posição N41º28.091” W8º38’31.45” com destino a Braga para apanhar o amigo e montanhista Jorge Cálix.
Saída com destino Gerês/Cascata do Arado com breve paragem para café e compra de pão.
Chegados a Cascata do Arado e depois de termos estacionado uns quantos cavalos iniciamos a caminhada por volta da 10h15m. Estava uma manhã com uma luminosidade magnífica e a temperatura agradável para uma caminhada calma e sem pressas.
O Jorge tinha falado no dia anterior com o pastor Paulo (Pinóquio nome por que é conhecido) que lhe indicou um caminho que nós não conhecíamos. E lá fomos á procura do tal trilho montanha acima e também com a intenção de encontrar o Pinóquio com o rebanho das cabras.
Nós tentamos seguir as indicações dadas ao Jorge no dia anterior via telefone o que entenda-se é muito vago…e depois de não, não é por aqui porque temos de tomar aquela direcção…termos de voltar para trás e tomar outros trilhos…por fim sendo aquele caminho ou não toca a andar….mas um toca a andar que foi sempre a dar-lhe quero dizer sempre a subir…e sempre a subir.
Como já devem ter percebido estava-mos perdidos…claro perdidos mas não desorientados. Porque apesar de não sermos daqueles clubes de caminheiros (TGV) que têm GPS (que faltam as pilhas a meio) nem aquela toda parafernália de tecnologia de ponta, somos mais tipo sextante ou seja sol e horas e um pico ali um monte acolá.
Não peçam para dizer por onde andamos, mas que andamos lá isso andamos, ou seja subimos e só começamos a descer quando decidimos recalcular a rota e aí descemos e fomos parar ao magnifico Prado do Teixeira.
Tinham decorrido 240 minutos. É claro que não foi sempre a andar fizemos as nossas paragens técnicas para aliviar o lastro.
O nosso objectivo era comer umas postas de bacalhau assado umas fêveras e beber uns copos de sumo de uva.
Foi o que tratamos de fazer quando chegamos, embora as minhas pernas já muito se queixassem, quando se começou a ver o fumo do lume tudo passou, e lá fui colocar as garrafas no frigorifico, (rio) a minha Paixão tratou de fazer a salada...
Almoçamos, conversamos... e há que arrumar tudo para o regresso agora bem fácil até á Cascata do Arado pois o Sol nesta altura do ano deita-se mais cedo e mais rapidamente.
Inicio do regresso ás 18h15 e percurso feito agora sem paragens com chegada á Cascata do Arado ás 19h12. (se uns clubistas, profissionais da caminhada lerem este artigo...pois é...é que as nossas botas não são iguais aí a diferença)
Foi uma caminhada com alguns percalços direccionais mas fantástica.
Valeu pelo convívio e pela paz que nos é transmitida pela montanha...
Dentro de dias, mais uma caminhada mas desta vez antes da data será colocada aqui neste sítio, nem que seja 24h antes...
Abraços montanheiros, vemo-nos ai por esses caminhos....



...paragem técnica




...a subir

...descansando a cavalo


...até lá acima Jorge?

...vale a pena..nós e a natureza

...apanhando banhos de sol, enquanto espera pelo almoço

...passamos e nem se mexeu


...colocando um Mariola

...a subir





...mais para cima?





...é já ali..depois desta montanha

...finalmente o Prado teixeira é já ali

... o descanso

...descanço?...e não se come
...preparando a salada

...agora sim

...tá quente


...a beleza do Prato da Teixeira
...momentos de contemplação


















...paz


















...agora é por ali

...não é por ali...são os vapores do...
...tão querida sempre á minha espera
...agora sempre a descer e sem paragens
















...já noite










































ATÉ BREVE...ABRAÇO MONTANHISTA...VEMO-NOS AÍ POR ESSES CAMINHOS